terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
terça-feira, 28 de janeiro de 2014
Workshops - primeiro semestre 2014
Fevereiro: 7, 8, 9 - Belo Horizonte - Gourashala, contato: Junior - jaygauranga@hotmail.com
Abril (Feriado de Páscoa) 18, 19, 20 e 21 - Recife, contato: Barbara - barbcunha@yahoo.com
Maio: 30, 31 e 1 - Campo Grande, contato: Tatiane - tatiane.om.mani@gmail.com
Junho: 6, 7 e 8 - Curitiba, contato: Simoni - simonifr3@hotmail.com
sábado, 25 de janeiro de 2014
segunda-feira, 28 de outubro de 2013
Rotina diária!
A maioria das pessoas quando
pensa em Ayurveda pensa em ghee (manteiga clarificada) e óleos. É verdade o
ayurveda usa e abusa dos óleos para desintoxicar e nutrir o corpo.
A
auto-massagem com óleo faz parte do dinacharya (a rotina diária ayurvédica). No
início parece uma logística impossível massagear o corpo antes de sair de casa
para a correia da vida. Mas depois que se sente os benefícios na pele e nas
articulações fica fácil de acordar um pouco mais cedo para alimentar o seu corpo.
Para os praticantes de ashtanga
vinyasa yoga a oleação é essencial. O ideal é passar o óleo depois da prática
pela manhã.
Massageie o corpo todo e deixe o óleo por uns 15 minutos, depois
tome um banho quente (não use sabonete sobre o corpo). Você vai sentir um
restinho de óleo ainda sobre a sua pele, deixe ele ali, trabalhando para você ao longo do dia. Esse
ritual ajuda a lubrificar as articulações e eliminar as toxinas.
No frio o ideal é usar óleo de
gergelim, principalmente para aqueles de constituiçāo Vata ou com agravamento
de Vata (que uma das manifestações é o ressecamento da pele).
O óleo de gergelim tem inúmeros
benefícios curativos. Nutre a pele, aquece o corpo, acalma o sistema nervosa,
melhora a circulaçāo, ajuda na desintoxicaçāo (porque estimula o sistema
linfático), reduz a dor e rigidez muscular, melhora a produçāo de colágeno.
Para melhor aproveitamento aqueça o óleo em banho-maria, ainda mais se estiver aquele frio.
No verão o óleo de coco é a
melhor opção, pois tem efeito refrescante. Para as pessoas de
constituição pitta é o óleo mais indicado. Nesse caso, você nem precisa aquecer em banho-maria. É só aplicar, tomar um banho e pronto. Quando está muito, muito quente gosto de aplicar o óleo de coco a noite, antes dás 22 horas (horário pitta).
Aplicar algumas gotas de óleo de coco no topo da cabeça também ajuda a refrescar. Dica indispensável para aqueles pitta que perdem a cabeça, naqueles dias abafados e quentes!
Óleo de gergelim e de coco é fácil de encontrar hoje em dia em qualquer loja de produtos naturais e até mesmo nos supermercados. Só fique atento, pois ambos os óleos devem ser prensados a frio.
Bom dinacharya a todos!
segunda-feira, 21 de outubro de 2013
Parampara
Gostaria
de ter postado esse texto no dia dos professoras, mas o tempo corre aqui em
Mysore e acabei não escrevendo. Queria falar um pouco sobre o princípio do
parampara que é umas das razões de tantas visitas que faço à Índia.
O
parampara data de milhões de anos e faz parte da tradição de ensino na
Índia. Talvez um dos princípios mais
importantes para a manutenção do conhecimento antigo indiano.
No
parampara o conhecimento é transmitido
por sucessivas gerações, do guru ao
discípulo durante anos, numa fluidez perfeita e em respeito a tradição. O aluno/discípulo passa anos
em contato direto com o professor/guru
absorvendo o conhecimento numa crescente, em busca da sabedoria. Esse
processo leva anos, principalmente para
nós ocidentais que não temos esse princípio norteando as nossas vidas.
A primeira vez que cheguei em Mysore
racionalizava tudo, enquadrava tudo em bloquinhos minúsculos que diminuíam o
meu campo de visão. Estava caminhando ao contrário do que o yoga me mostrava. Precisava
parar de querer respostas objetivas.
Quando
algumas fichas foram caindo o campo de visão foi se abrindo lentamente, as
respostas as minhas perguntas tornaram-se enriquecedoras histórias
interpretadas através do coração e não da razão.
O
aluno precisa ter os 3 d, segundo o Sharat, que são: dedicação, devoção e
disciplina. Sem esses 3 d a ansiedade afasta a paciência e o processo de
aprendizagem não acontece. Então o fluxo do conhecimento é bloqueado e é quando
começamos a pular de galho em galho
movidos pela motivação errônea de querer respostas rápidas.
No
princípio do parampara existe um professor que é a fonte de conhecimento e só.
Isso parece meio radical pela nossa visão ocidental, mas é o que traz
estabilidade para a mente e para o coração.
Nessa
trajetória ambos: professor e aluno têm deveres. O aluno se entrega ao
conhecimento com o coração aberto e o professor ensina tal qual a tradição foi
lhe ensinada.
No
livro Astanga Yoga Anusthana, lançado recentemente por Sharat Jois. Na
dedicatória ele fala sobre o parampara e diz:
“Guruji se comprometeu a passar o
conhecimento da prática exatamente como foi ensinado por Krishnamacharya. Ele
levou anos aprendendo até que chegou o momento de ensinar. Guruji seguiu tal
qual os ensinamentos de seu professor. Isso é parampara, que significa a
sucessão ininterrupta, direta e
inquebrável da transmissão do conhecimento do professor ao aluno”.
Essa
é a razão pela qual eu e muitos praticantes de ashtanga yoga vem a Mysore.
Viemos beber dessa fonte direta do conhecimento do ashtanga yoga que hoje é
representado por Sharat Jois.
terça-feira, 15 de outubro de 2013
Upma - café da manhã do Sul da Índia
Upma, que quer dizer farinha em Kannada (o idioma aqui de Mysore) é uma das opções de café da manhã indiano que mais gosto.
É tradicional do Sul da Índia e do Sri Lanka.
A base de semolina pode-se se acrescentar vegetais de sua preferência.
Vai aí a receita para sair a versão brasileira:
Ingredientes
- Semolina ou farinha de cuscuz, painço também pode ser usado- 1 xícara
- óleo de coco ou ghee - 4 colheres de chá
- semente de mostarda - 3 colheres de chá
- cominho - 1 colher de chá
- Gengibre relado
- Pimenta verde cortada em fatias - 3
- Cebola cortada em cubos - 1/2
- Sal
- Vegetais de sua preferencia
- Coco ralado - 4 colheres de sopa
- Suco de um limão
Preparo
- Coloque a semolina numa frigideira para tostar
- Aquece o óleo numa panela separada e adicione as sementes de mostarda e espere até que comecem a saltar,
- Coloque o cominho, gengibre, pimenta e a cebola, frite até a cebola pegar uma cor,
- Adicione os vegetais e dois copos de água, deixe ferver,
- Adicione a farinha e mexa bem. A farinha vai absorver a água.
Pronto! Agora e só polvilhar com coco ralado e jogar o suco de limão por cima. Para quem gosta pode adicionar uma folhas de coentro também.
Enjoy!!!
domingo, 13 de outubro de 2013
Conferência - programa de domingo!
Aos domingos o Sharat faz uma conferência, onde todos se encontram com o professor para ouvir assuntos relacionados com a prática de ashtanga yoga.
Hoje foi a primeira conferência desde que o shala abriu as portas. Sharat iniciou falando brevemente sobre a história do ashtanga yoga, dizendo que Patabhis Jois quando abriu a sua primeira escola chamou de ashtanga yoga research (pesquisa do ashtanga yoga). Deu esse nome porque a prática de yoga é realmente uma pesquisa, mas uma pesquisa que cada um faz de si, através da prática. Assim, na medida em que praticamos devemos pesquisar e se aprofundar em nós mesmos como objeto de pesquisa para nosso desenvolvimento na prática. É uma pesquisa interna e individual, que nos leva ao conhecimento cada vez mais profundo da prática e, consequentemente, de nós mesmos. Não podemos pesquisar o outro, podemos apenas ensinar asanas. A pesquisa e o desenvolvimento é de cada um. E o esforço individual é a chave para o aprofundamento.
Essa pesquisa inicia com asanas, sendo o primeiro passo para chegar ao samadhi. Porque são os asanas que trazem estabilidade para o corpo e a mente. Depois dos asanas conseguimos aos poucos ir introduzindo os yamas e nyamas (as condutas éticas do yoga). Só assim, adquirimos uma prática espiritual sólida. Praticando os asanas purificamos o corpo e a mente e assim os outros elementos que compõe a prática podem ser alcançados.
As quatro primeiras partes do yoga que sāo: yama (abstinência), niyama (observância), asana (postura), pranayama (controle da respiraçāo) são condutas externas que requerem esforço individual do praticante. Após estabilizar esses elementos externos é que as outras 4 partes do yoga podem ser alcançadas, que sāo: pratyahara (exclusāo dos sentidos), dharana (concentraçāo), dhyana (meditação) e samadhi (contemplação, absorçāo ou estado de superconsciência).
Essa é a prática: simples e complexa ao mesmo tempo. Um grande presente para aqueles que se identificam com esse caminho e se desenvolvem através dele. Essa prática mostra a riqueza simples da vida.
É uma bençāo termos esse métodos hoje espalhado pelo mundo e beneficiando tantas pessoas.
Obrigada Guruji por ter nos deixado esse lindo tesouro.
Namastê _/\_
Assinar:
Postagens (Atom)